porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

domingo, 27 de setembro de 2009

Alteridade II


A partir de uma imagem montada e confeccionada pela crença se metrifica uma condição perfeita para se projetar aquilo que se escapa da própria responsabilidade. Ninguém mais "integral", Justo, PERFEITO que "Deus", pois a imagem de "Deus" não tem medida de experiência e realidade, só pode ser decadente aquele, ou melhor, aquilo que tem corpo. Faz parte da existência diversos ângulos e o olhar parcial, portanto, contraditório. Quanto desejo e anseio pelo belo e pelo que é perfeito. A religião transforma o fraco em forte, o ignorante em sábio, o pobre em rico. Tudo o que é utópico é ignorado pela grandeza do limite da rotina e realidade. Como se inventa em nós esta mania de procurar por algo que não seja aquilo que somos e deveríamos ser? Somos procura, não somos poça de chuva, mas somos corrego de vida. Faz parte o movimento. O problema está que erramos na imaginação, ao necessitar uma imagem estática, que não fala e nem se expressa, a não ser o eco de nós mesmo daquilo que esperamos e queremos que seja falado. Esquecemos que a trasncendência está naquilo que nos alienamos, nas profundezas das diversos meios de comunicação, e nos castelos das nossas fanstamagóricas realções patológicas. Nos fazemos na possibilidade do rídiculo, do ultrapassado, do profano, do limite, do corpóreo. O resto é projeção e fuga da real e da mais digna condição.