porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

domingo, 26 de junho de 2011

contraditória natureza divina?

Ao voltar a ler uma passagem da bíblia, livro que os cristão devoram feito carne em dias de miséria e fome, surpreendi-me com a passagem de Abraão ao tentar matar Isaac. Que deus é este que justifica a possibilidade da morte de um filho para garantir e reforçar a sua necessidade de obediência, ou melhor, servidão? O deus dos judeus é assassino e o deus dos cristãos é cego. Jesus tem o seu mérito, sua singularidade, mas o seu deus, a quem chama de pai é o mesmo assassino de antes. Neste sentido, o mérito está no ser humano Jesus. A mesma lógica de Abraão, é a lógica dos terroristas, a diferença é que não existe a mentirosa imagem de um anjo, que lhe segura a mão. Na bíblia se justifica a vida em abundância e a morte sem sentido, agarrada e movimentada pelo capricho de uma entidade egoísta. Deus é invenção dos homens e mulheres, como projeção simbólica de suas aspirações e desejos, tanto do tânatos, como de eros.

Abraão e Jesus seres antagônicos e protagônicos da natureza misteriosa e possibilitadora do ser humano.