porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Direito de ser!


Na cidade de São Paulo ou no interior de Pernambuco descobri a força impulsiva do direito. Andando pelas ruas vejo o direito da limpeza antes do consumir, do silêncio antes do automóvel, do vázio, antes do lotado, da solidão antes dos alto falantes. No dia em que o ser humano se pensar como centro de suas ações tudo o resto florescerá na dignidade do existir. A opressão das coisas inventadas e entulhadas pelo estomago do poder vai martirizando, moendo, amassando, pisando aquilo que somos. Não falo de um antropocentrismo moderno, mas de arrumar a casa da sociedade. Sabendo de nossa centralidade, centralizamos as outras coisas, pois hoje a grande bagunça universal é causada pela descentralidade harmônica do ser-humano. Cansei de ser atravessado pelo acúmulo de ordens do dinheiro, quero morrer pobre, mas antes dormir tranquilo.