porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

domingo, 21 de outubro de 2007

Alma parida.

A mulher é a lapidação de nossa masculinidade. Através de nossa mão de homens, construímos a delicadeza e exuberância de uma alma feminina. A mulher é a saudade da beleza. É a ansia de uma insatisfação do que queremos. É o que nos escapa, embriaga e frustra. A arte é a feminilização da brutalidade do mundo dos homens. Não acredito em anjo, mas nos contornos misteriosos de uma mulher. Piu, é o que tenho a falar. Sem este contato perco-me na filosofia estéril dos pensadores de gabinetes e sacristias.

Um comentário:

silvio disse...

Fábio. Nada sei sobre esse modo de cartografar a existência que é a poesia. Algo que você faz tão bem.

No que diz respeito a este tópico, o das mulheres, posso dizer apenas algumas palavras sobre o desamor.

Ou melhor, posso apenas desejar aprender algumas coisas com a vida do mestre Bukowski, que amava e desamava num período muito curto de tempo.

Não sei se nos gentificamos ou se somos gentificados. O que importa é que o amor e o desamor são ciclos fundamentais do processo.

Milhões de brindes às mulheres!