Ao voltar a ler uma passagem da bíblia, livro que os cristão devoram feito carne em dias de miséria e fome, surpreendi-me com a passagem de Abraão ao tentar matar Isaac. Que deus é este que justifica a possibilidade da morte de um filho para garantir e reforçar a sua necessidade de obediência, ou melhor, servidão? O deus dos judeus é assassino e o deus dos cristãos é cego. Jesus tem o seu mérito, sua singularidade, mas o seu deus, a quem chama de pai é o mesmo assassino de antes. Neste sentido, o mérito está no ser humano Jesus. A mesma lógica de Abraão, é a lógica dos terroristas, a diferença é que não existe a mentirosa imagem de um anjo, que lhe segura a mão. Na bíblia se justifica a vida em abundância e a morte sem sentido, agarrada e movimentada pelo capricho de uma entidade egoísta. Deus é invenção dos homens e mulheres, como projeção simbólica de suas aspirações e desejos, tanto do tânatos, como de eros.
Abraão e Jesus seres antagônicos e protagônicos da natureza misteriosa e possibilitadora do ser humano.
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