porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

VI CONFISSÃO?

Escrevo estas linhas, pois dentro eu vomitava estas reflexões e buscava uma reposta institucional. Coisa que nunca foi me dada, a ponto de me tirarem de cena, com um fato de expulsão ilógica e sem argumentos, em que reinou mais uma vez a mentira e a fraqueza da instituição Igreja, poderosa para os fracos, e piada para aqueles que não dependem do suprimento egoísta (ego) deste lugar “sagrado”. O conceito de sagrado é uma ficção daquilo que na vida nos confortamos com nossa máxima humanidade: ir a praça é mais um ato religioso do que disfarçar tempo e saliva numa igreja, cofre de homens e mulheres que fogem de si mesmos e de suas fatalidades históricas. A bolha do acreditar refugia tantos medos dos primários ao mais evoluídos. Escrever para mim é uma forma revolucionária de tentar romper com um sistema que é maior do que a vontade e percepção de muitos ou de um indivíduo. Mas entendo que fora não tenho nada a perder e nem serei perseguido a não ser continuar no exílio da amizade daqueles que convivi por mais de 15 anos e eram minha rotina e família. Mas prefiro expor-me a esta causa do que morrer com ulceras de insatisfação e inconformismos tantos com esta realidade fictícia e mentirosa. Sempre reconheci o valor enquanto gente destes companheiros que permanecem, por este “amor amizade”, declaro aqui estas palavras, para fortalecer neles a consciência do estado ridículo e contraditório e desumano em que estão expostos, ou melhor, presos. Para muitos serei inimigo da igreja, para outros um jovem imaturo revoltado, ou ainda alguém que nunca teve fé e renunciou considerar-se ateu. Mas para mim a única certeza é que a realidade supera qualquer tipo de slogan. Sou cidadão e como cidadão participo da construção de um mundo mais justo e saudável. Este é o meu princípio. Seria ignorância e desperdício histórico de minha parte ter vivido tanto tempo e construído tantas experiências e depois não sintetizar isto num discurso histórico para os atuais e os que virão. A Igreja(s) é um fator histórico que rege(m)  muitas vidas e logo histórias.

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