porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

sábado, 17 de março de 2012

Observei


No dia em que vi você na areia feito sol
Com barulhos de concha no sertão do nordeste
No alto de uma montanha de nuvens cor de infância
Com os olhos de medusa e cabelos de rainha abandonada

A lua nasceu entre os fios da favela
Parado moleque espraiava sua pipa no vento livre
Nos dedos marcas de caneta e de fome
Na avenida obra cara suja as plantas baratas das casas
Algo aconteceu neste segundo: crime sem publico

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