porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

domingo, 30 de agosto de 2009

Independência ou morte!

Vida de cimento. Vida de proletariado, perdido entre a mão e a produção. A miséria da cidade está nas pessoas. O verdadeiro lixo está na mente daqueles que se intitulam gente. Existe possibilidade de reciclagem? Há possibilidades que não são reais, quando a alma deixa de existir e quando o brilho foi ofuscado pela falência. Existirá um ponto de cura? Não há remédios para defuntos. Torçamos pela brisa e pela catástrofe ecológica, talvez ela regenere aquilo que homens e mulheres perderam ou deixaram-se morrer. Proclamo isto, porque nem projeto e nem políticas mudaram aquilo que nosso corpo já diagnosticou e nossas idéias professaram. Pessimismo ou modo de esperança realista? Nem Marx e nem Buda sabiam da pedagogia regerativa do cosmos na imanente ignorância humana e social. Independência ou morte? A espada do império enferrujou e sonhamos com um terreno de supremacia e justiça. Prefiro a morte, quem sabe assim sobra-me um pouco de vida e uma lógica natural, sem revoluções, leis, consensos e carteira assinada: faço prece pelos pés carregados de frutas e o rio cheio de seres mais relevantes que o bípede de barbas e seios - uma aberração do intelecto.

Nenhum comentário: