porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

IV CONFISSÃO?

Uma coisa é certa desta experiência que fiz, a igreja consegui arquitetar em sua estrutura uma lógica que atrai grupos de pessoas, que se caracterizam: O fraco intelectualmente, profissionalmente, culturalmente, socialmente pelo voto de crença num deus sobrenatural e poderoso, transforma estes seres em porta vozes, em que o púlpito, altar e os lugares sagrados, administrados por eles, os evidenciam e lhe investem de uma autoridade não pessoal. Mas sim, de uma imagem que é irrefutável pois se está falando de deus o ONIPOTENTE. O fraco é fortalecido. O ignorante sabe falar, porque repete palavra da bíblia, e o pobre financeiramente agora além do status é um homem com um bom carro, uma boa casa e dono (quase que accionista) de grandes patrimônios (escolas, igrejas, chácaras, casa de praia). Certa vez, um frade amigo meu comentou que depois de 10 anos voltou para o casebre de seus pais que eram colonos no interior do Paraná e quando chegou com um carro da moda, com bancos em couro, som da última geração e com músicas de Elton John, a mãe ao ver o filho adentra-se na casa e ao ver ao fundo o carro disse: “Meu filho deixei você ir para ser um padre e não um traficante!” esta imagem jogralesca revela uma situação simples, grande parte das pessoas que permanecem na Igreja eram pessoas de uma vida e realidade muito simples, a ponto de não quererem nem retornar a muitos espaços destes, pois a contradição é grande tanto para os parentes como para o “ungido”.

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