porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Real inUtiLidaDe

Vida, morte, alienação, perda de tempo. Estas palavras sempre rondam as palavras e os discursos dos filósofos ou qualquer um que se utiliza da “logia” (lógica) de alguma ciência. Mas porque estes temas são considerados importantes? Na natureza etimológica e hermenêutica das palavras residem verdades que construímos com as mãos de nossa imaginação. Não sabemos diferenciar mais o que é invenção e o que é uma descoberta. Mas na verdade tudo paira na inutilidade dos conceitos e no vazio da percepção.


Mas o que é a vida? Um momento transitório que nos conduzirá a um lugar melhor, sem dor e cheiro, em que estaremos misturados com algo que seja tão etéreo que será eterno, porque não ex-sistere (fora do ser que se faz a cada instante)? Há quem diga que vivemos alienados, ou melhor em processo de alienação. Alienação seriam coisas que miramos para distrair nosso destinar fatal ou mais “nobre” daquilo que se atreve a viver.

Ontem assisti a um jogo de futebol, uma mobilização de gente, atravessadas por um sentimento de luta, paixão e desespero. Mas o que há de realidade nisso tudo? Porque as pessoas se deixam nutrir por um devaneio tolo e irreal? Esta não é uma questão que construo aqui, mas que herdo de muitas reflexões e de muitos conceitos “formados” em algum contexto. O que é a alienação? Existirá um contraponto frente a este conceito? Como vive um des-alienado? Com o conceito de “Jesus” na mente e no carro? Ou um militante político enrolado de perspectivas tantas, que o conduzem as suas próprias conclusões? Qual a diferença entre um porco e uma juiz? Entre um sapo e um padre? Entre uma cadela e uma mulher? Longe das ofensas, abuso nas citações para despir estes conceitos tão entranhados na nossa idéia que parece que realmente eles existem na equação da realidade.

A vida é a soma de coisas inúteis tristes, leves ou divertidas. Um jogo pode ser abundância de um momento que não volta, mas que é vivido de extrema sensibilidade e importância. Um fato simples, corriqueiro, ou socialmente massificado, expele emoções e percepções que não são tolas ou sem sentido, existe uma intencionalidade e um encontro vital.

A vida se faz nestes momentos, em fatos e coisas que nos conduzem para a e pele e o sentimento. Nisto nos fazemos e somos. Longe disso existe um moralismos e uma abstrata compreensão e sensação do que seja a vida. A vida é uma partida de futebol, um churrasco chato, um olhar perdido pela janela. Nada mais e nem menos. Somente isto.

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