porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

domingo, 10 de julho de 2011

A arte longínqua

Hoje ser artista é sinônimo de busca de uma imagem excêntrica.Trabalho ao lado de uma escola de artes. O que é aquilo? Desfile de egos e excentricidades tantas. Mal sabem que a arte nasceu como obra de operário? A arte plástica tem a capacidade de materializar em contornos e cenários de realidades  de uma intuitiva verdade, perdida na cotidianidade humana. Já a arte literária mexe com palavras que nos despertam para a beleza de fatos e comportamentos. A beleza é uma realidade meio revelada. Ambas as artes plásticas e literárias são a capacidade de materialização de um conteúdo escondido, mas há quem fale pelo pincel, outro pela palavra escrita ou falada. Todas as expressões nascem da busca de um confronto com aquilo que escapa e que atravessa a vida. O artista é operário da rotina e não um ser abominável em lugares que não tenha esterco, prostituta, bêbados, criminosos, ou delgados corpos simples, mas exatos pela naturalidade da existência. A Arte acontece na rua e nos becos daquilo que não é percebido ou do que é vulgarizado. Artista não é um mérito mas uma condenação.

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