Há perigos que não vemos na TV e nem nos colírios de nosso amanhecer ou nos óculos de nosso anoitecer. Vivemos todos os dias com tantos desejos, sonhos, vontades e anseios. Mas somamos diversas contradições e contrariações internas concretadas por um externo. Queremos “sim” para tantas coisas, mas somos condicionados a tantos “nãos” que muitas vezes, passam feito vento matutino e destroem feito tsunami na madrugada. Estrupamos nosso corpo ético, esmagamos nosso cérebro existencial e destruímos nossos projetos. Esta voz invisível psicótica que diariamente se faz no trabalho, nas relações, nas religiões e instituições. Eis o maior crime, sem juiz, nem advogado e nem tribunal: a morte daquilo que realmente nos constitui. A morte mais trágica é aquela que não sabemos de seu cheiro, cor e nome, em que morremos vivos. Assassinemos aqueles que são nossos patrões, que fazem o sermão e exigem compromisso tolo das convenções. É preciso matar os outros, para salvar a ti, epistemologicamente falando. Ou pelo menos fuja e busque um recanto qualquer, longe deste massacre, se é que é possível, antes que seja tarde demais. Fuga ou morte, eis a solução.
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