porta quebrada

Esta página não tem intenção de ser reconhecida pelos "outros", mas serve de alívio para o que nela tenta escrever, rabiscando sentidos e percepções. Fadada ao caos do tempo alienado dos compromissos, aqui a mão e o cérebro se faz silêncio e palavra que perfura até o chão da rotina, ou seja, aquilo que deveria ser e não é mais. Por isso, neste espaço não existe porta, pois está quebrada, arrebentada pela liberdade do interesse.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Molecagem divina?


Max Ernst – La Vierge corrigeant l’enfant Jésus sous le regard de trois témoins : André Breton, Paul Eluard et le peintre (A virgem espanca o menino Jesus vigiada por 3 testemunhas: André Breton, Paul Eluard e o próprio artista) (1926).

Bela imagem! Quando eu era adolescente um amigo-mestre me falou, claro que parodiarei a minha memória: "É importante tirar do pedestal as imagens que construímos dos outros. Sempre esperamos dos outros atitudes extraordinárias. Transformam-se em mitos - longe do que são e deveriam ser no coletivo rotineiro. Esta atitude pedagógica torna-nos pessoas coladas e impregnadas com as possibilidades e causas reais dos fatos e fenõmenos da existência. Com isto, nos emponderamos do conceito-prático de transformação".

Nada é o que imaginamos, tudo se faz na simplicidade e na lógica óbvia de um absurdo, que instimos em desprezá-lo e deletá-lo de nosso chão da razão. Jesus é divino pela sua humanidade e não o contrário! O resto é masturbação de conciência alienada.

Imagem perfeita - confundo-me com a visão deste pintor.

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